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domingo, 28 de abril de 2013

BRASÕES E HISTÓRIA

LANDIM

DESCRIÇÃO
Recorte do livro Armorial Lusitano p. 294





BRASÃO DE ARMAS - Modelos

 Diferentes modelos do Brasão de Armas da Família Landim, de acordo com descrição do livro Armorial Lusitano. 

Nesta imagem enviada por nosso parente e amigo Pedro Landim podemos observar uma outra versão de nosso brasão, com as mesmas características apresentadas no livro, porém, por se tratar de um Brasão de Armas, observamos os adornos diferenciados.

Modelo 01
Modelo 02

     


BRASÃO DE DOMÍNIO

Brasão de Domínio dos Landins


         Muitos Landins acreditam que este é o Brasão Oficial da família. Na verdade este não é o oficial, trata-se apenas de um brasão de domínio ou de território, ou seja, é a representação da freguesia de Landim, terra em que viveram e vivem muitos Landins, segundo as informações colhidas ao longo de nossas pesquisas, concluímos que o primeiro Landim de que se tem notícia; Estevão Anes de Landim viveu na cidade de Santa Maria de Oliveira e foi donatário das terras de Candeias e Mecansos, seu filho João de Landim que foi vassalo de D. João I, foi sepultado a porta da igreja de Santiago de Estremoz, na cidade de Évora - Pt. pelo que tudo indica, os descendetes de Estevão e João Landim, migraram para Vila Nova de Famalicão e lá viveram, dando continuidade a linhagem dos Landins. 
     Este fato pode ser facilmente compreendido quando se observa o brasão de armas utilizado pelos descendentes de Manuel Bapstista Landim que hoje detém os direitos da propriedade do Mosteiro de Santa Maria de Landim. O brasão da freguesia de Landim representa através de seus símbolos as principais características do local como: as plantações de uvas a roda de azenha e o Mosteiro. Para quem assim como eu, usava ou usa este como sendo o Brasão dos Landins, não tem problema pode continuar usando, porém, lembre-se sempre de mencionar que este não é o brasão da família e sim o brasão de domínio ou de território dos Landins.
       Se observarmos com atenção algumas imagens do Mosteiro de Santa Maria Landim podemos notar que acima de uma das portas que dá acesso ao jardim existe gravado, em alto relevo, o Brasão Oficial da família Landim, igual ao que descrevemos acima. Veja fotos abaixo.






Texto: Jonas Landim
Imagens: arquivos da família, google imagens e mosteirodelandim.com 

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CRUZ



Brasão da Família Cruz


Brasão de armas da família Cruz

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SARAIVA

Brasão de Armas da família Saráiva



Família antiga cujo solar é a vila de Serávia nas montanhas da Biscáia. O apelido em Portugal, tomou a forma de Saraiva, corrupção de Serávia. Na comitiva da Rainha D. Leonor, mulher do Rei D. Duarte, veio Vicente Fernandes Serávia, que dizem acompanhava uma sua irmã, dama daquela princesa. Vicente Fernandes casou com Leonor Vaz da Fonseca, filha de Afonso Vaz da Fonseca Coutinho, alcaide –mor de Marialva e de Moreira, que ganhou aos Castelhanos e do Sibugal, e de sua mulher. D. Mécia Lopes Pacheco, ligado a tão importante e distinta família da Província da Beira, Vicente Fernandes Saraiva deixou larga geração, sobretudo na região de Trancoso, em cuja vila fez assento, a qual teve papel preponderante na governança da região.   
            As armas usadas pelos Saraivas são: cortado: o primeiro de veiros; o segundo aguado de sua cor; bordadura de vermelho carregado de quatro flores de lis de pé cortado, de ouro, uma em chefe, uma invertida em ponta e duas deitadas nos flancos, todas moventes do bordo interior da bordadura. Timbre: um espadarte sainte, de sua cor, com a serra de prata. 

Fonte: Armorial Lusitano


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SANTANA


Brasão de Armas da família Santana
Brasão de Domínio da Família Santana


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VASQUES

Brasão da Família
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PARA SABER MAIS, VEJA TAMBÉM:

COMO INTERPRETAR UM BRASÃO




quinta-feira, 25 de abril de 2013

O QUE É UMA FREGUESIA?


Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Freguesia#cite_note-3


Ficheiro:Bragança70.jpg
Antigo edifício da junta de freguesia da Sé de Bragança



Freguesia é o nome que tem, em Portugal e no antigo Império Português, a menor divisão administrativa, correspondente à paróquia civil de outros países. Trata-se de subdivisões dos concelhos e são obrigatórias, no sentido de que todos os concelhos têm pelo menos uma freguesia (cujo território, nesse caso, coincide com o do concelho), excepto o de Vila do Corvo onde, por força do artigo 86º do Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma dos Açores, essa divisão territorial não existe.

Esta freguesia é governada por uma Junta de Freguesia, um órgão executivo que é eleito pelos membros da respectiva Assembleia de Freguesia, à excepção do presidente, (o primeiro candidato da lista mais votada é automaticamente nomeado Presidente da Junta de Freguesia). A Assembleia de Freguesia é um órgão eleito directamente pelos cidadãos recenseados no território da freguesia, segundo ométodo de Hondt, através de listas que tradicionalmente são partidárias mas que se abriram há poucos anos a listas de independentes. A Constituição prevê que, nas freguesias de população diminuta, a Assembleia de Freguesia seja substituída pelo plenário dos seus cidadãos eleitores.

Em Portugal existem 4260 freguesias, com territórios que podem ultrapassar os 100 km² ou ser de apenas alguns hectares, e populações que vão das dezenas às dezenas de milhares de habitantes. É aos municípios que cabe propor a criação de novas freguesias no seu território, que devem obedecer a um conjunto de critérios fixados em lei. Se descontarmos o caso especial do Corvo (Açores) (que não tem qualquer freguesia), o mínimo de freguesias por concelho é de uma (actualmente há em Portugal 5 concelhos só com uma freguesia (Alpiarça, Barrancos, Porto Santo, São Brás de Alportel e São João da Madeira, isto depois da divisão da única freguesia do Entroncamentoem duas) e o máximo, neste momento, é de 89 (em Barcelos).

As autoridades portuguesas estabelecem três tipos diferentes de freguesias, para efeitos de ordenamento do território:
freguesias urbanas - freguesias que possuem densidade populacional superior a 500 h/km² ou que integrem um lugar com população residente superior ou igual a 5 000 habitantes.
freguesias semi-urbanas - freguesias não urbanas que possuem densidade populacional superior a 100 h/km² e inferior ou igual a 500 h/km², ou que integrem um lugar com população residentesuperior ou igual a 2 000 habitantes e inferior a 5 000 habitantes
freguesias rurais - as restantes.

As freguesias estão representadas nos órgãos municipais pelo presidente da Junta, que tem assento, por inerência do cargo, na Assembleia Municipal.

Até ao Liberalismo, “freguesia” e “paróquia” são sinónimos (à semelhança de “concelho” e “município”), não havendo uma estrutura civil separada da estrutura eclesiástica. Nesses tempos, o termo «freguês» (aglutinação da expressão latina fillius eclesiae, filho da igreja, ou simplesmente filigrês, como refere Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira) servia para designar os paroquianos, que eram, por assim dizer, «fregueses» do pároco.Freguesia vs. Paróquia

Com a reforma administrativa de 18 de Julho de 1835, surge a estrutura civil da Junta de Paróquia, autonomizada da estrutura eclesiástica; os seus limites territoriais, no entanto, eram geralmente coincidentes com a das paróquias eclesiásticas que vinham desde a Idade Média. Com a Lei n.º 621, de 23 de Junho de 1916, as paróquias civis passam a designar-se freguesias (e a Junta de Paróquia passa a designar-se Junta de Freguesia), fixando-se assim a diferença entre a estrutura civil (freguesia) e a estrutura eclesiástica (paróquia); no entanto, em linguagem popular, é vulgar falar da pertença a determinada freguesia quando, de facto, se pretende falar da pertença a uma comunidade paroquiana.


Outros sentidos


Derivadamente, o termo freguesia, tanto em Portugal como no Brasil, retém ainda o significado de clientes de um estabelecimento comercial; cada cliente individualmente é chamado freguês.



No Brasil


No Brasil, durante o tempo da colônia, a freguesia era exatamente o mesmo que em Portugal, não havendo distinção entre freguesia e paróquia como descrito acima.

Uma organização semelhante manteve-se durante o tempo do Império do Brasil no qual a Igreja Católica foi mantida como religião oficial do Estado, que tinha o dever de pagar salários para padres e bispos. Deste modo, era adequado que a estrutura administrativa civil não fosse distinta da estrutura eclesiástica. As províncias eram divididas em municípios que por sua vez eram divididos em freguesias. As freguesias correspondiam às paróquias, mas também havia curatos para serviços religiosos em povoações pequenas e sem autonomia política. Por sua vez, o bispos comandavam as dioceses, típica organização administrativa religiosa, que abrangiam geralmente diversos municípios, ou seja, diversas freguesias.

Com a proclamação da República, houve uma total separação entre a Igreja Católica e o Estado brasileiro, de modo que as antigas províncias transformaram-se em estados autônomos divididos em municípios também autônomos que, por sua vez, podem (ou não) ter seu território dividido para fins puramente administrativos. A Igreja Católica passou a manter uma estrutura administrativa distinta.

As divisões administrativas de um município brasileiro podem ser chamadas de distritos, sub-prefeituras, regiões administrativas ou administrações regionais. Diferente de Portugal, estas divisões territoriais são feitas apenas para fins administrativos do município; as administrações locais destas divisões municipais não têm personalidade jurídica e não há organismo de participação política composto por cidadãos eleitos entre os que nelas residem.

Apesar da separação e mudança de nomes, a população brasileira não abandonou o hábito de denominar de freguesia algumas localidades. É comum que a área urbana de um distrito municipal, onde se concentra o comércio local, seja chamado de freguesia pela população rural das adjacências. Também ocorreu que antigas freguesias foram absorvidas pelo crescimento urbano das grandes metrópoles brasileiras e tornaram-se bairros destas.

Por exemplo, em Florianópolis, capital do Estado de Santa Catarina, existem as "freguesias" do Ribeirão da Ilha (1749), a de Nossa Senhora da Conceição da Lagoa (Lagoa da Conceição - 1750) e a de Nossa Senhora das Necessidades de Santo Antônio de Lisboa (1752). Estas "freguesias" são pequenas áreas urbanas, separadas da área urbana central, nas quais se concentra o comércio local.

O município de São Paulo, outrora dividido em freguesias, atualmente é subdividido em subprefeituras, que são subdivididas em distritos, e estes em bairros. Um destes bairros é o de Freguesia do Ó, localizado no distrito de Freguesia do Ó, dentro da subprefeitura de mesmo nome.

O município do Rio de Janeiro também é dividido em subprefeituras, que são subdivididas em regiões administrativas (que podem ocupar o mesmo território, uma vez que desempenham funções diferenciadas). Estes desmembramentos territoriais administrativos não têm muita relevância para a maioria da população, que utiliza-se do nome dos bairros para definir a localização. Dois bairros do Rio de Janeiro ainda conservam o nome de freguesia: a Freguesia de Jacarepaguá e a Freguesia da Ilha.

Outras cidades como Brasília, Curitiba e Belo Horizonte são subdivididas em Administrações Regionais, mais conhecidas por subprefeituras, que é uma forma de melhorar a administração dos serviços públicos. No norte do Paraná e interior de São Paulo era comum a utilização do termo Patrimônio, que nada mais é do que o terreno cedido para a formação de uma igreja (futuramente talvez um município, com agregação de casas e comércio, mas que passa a se referir a todo o conjunto).


Em Macau

Em Macau, um antigo território português, continua a estar dividido em freguesias (que ao todo são sete), embora elas, a partir de 1999 (ano da transição de Macau para a China), fossem considerados pelo então recém-formado governo da RAEM como divisões simbólicas com poder administrativo nulo.
[editar]Em Cabo Verde

Por fim, em Cabo Verde mantém-se a divisão administrativa herdada dos tempos portugueses com dezessete concelhos subdivididos em 31 freguesias.
Notas e Referências

LEIS DA HERÁLDICA


Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Leis_da_her%C3%A1ldica


Vexicologia e Heráldica Portuguesa

A vexilologia e a heráldica portuguesas estabelecem regras para os símbolos nacionais e subnacionais desde a sua regulamentação nos anos 1930. Entre essas medidas de regularização está a circular de 4 de Abril de 1930 da Direcção Geral da Administração Pública que obrigava as comissões administrativas das câmaras municipais a legalizar os brasões segundo o parecer compulsório da secção de heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses. Há no entanto vários desvios às normas estabelecidas pelos municípios, vilas e freguesias. Apesar da vexilologia e heráldica portuguesas poderem ser consideradas correctas e rigorosas, o simples vislumbre de uma bandeira não permite distinguir, por exemplo, uma freguesia de um concelho (se bem que possa por vezes figurar no listel), permitindo apenas distinguir o estatuto da localidade sede.


Em relação às bandeiras subnacionais, a regra é de que sejam gironadas ou lisas com brasão de cinco torres caso o concelho ou freguesia seja sediado numa cidade, esquarteladas ou lisas com brasão de quatro torres se o concelho ou freguesia for sediado numa vila, e esquartelada ou lisa com brasão de três torres se for uma freguesia sediada numa aldeia ou se for uma freguesia urbana.


Vexilologia portuguesa

Ainda em conformidade com a heráldica portuguesa, as bandeiras subnacionais podem ser oitavadas, sextavadas, esquarteladas em sautor, em cruz ou em faixa e ainda terciadas, tendo por cores as mesmas contantes do campo do escudo e estentendo ao centro ou na tralha uma figura geométrica onde o brasão das armas é aplicado.
Uma excepção aqui apresentada é a da bandeira de Lagos, dividida em franchado, que reflecte a influência histórica relacionada com os Descobrimentos que D. Manuel I teve na região.


Heráldica portuguesa
Nos brasões, a regra é que as freguesias urbanas ou povoações simples sejam representadas por uma coroa mural de três torres, as vilas, de quatro torres, e as cidades, de cinco torres, coroa e torres de prata, exceptuando a capital Lisboa, cujas coroa e torres se distinguem de ouro.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

COMO INTERPRETAR UM BRASÃO

Brasão
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Bras%C3%A3o)


Brasão de Armas do Rei D. Manuel I


Brasão de armas do conde de Porto Alegre


Brasão de armas do Império Alemão


Um brasão de armas ou, simplesmente, brasão, na tradição europeia medieval, é um desenho especificamente criado - obedecendo às leis da heráldica - com a finalidade de identificar indivíduos, famílias, clãs, corporações, cidades, regiões e nações.


O desenho de um brasão é normalmente colocado num suporte em forma de escudo que representa a arma de defesa homónima usada pelos guerreiros medievais. No entanto, o desenho pode ser representado sobre outros suportes, como bandeiras, vestuário, elementos arquitectónicos, mobiliário, objectos pessoais, etc.. Era comum, sobretudo nos séculos XIV e XV, os brasões serem pintados ou cosidos sobre as cotas de malha, o vestuário de protecção usado pelo homens de armas. Por isso, os brasões também são, ocasionalmente, designados por cotas de armas.


Em sentido restrito, o termo brasão refere-se apenas à descrição do desenho inserido no escudo de armas. No entanto, em sentido lato, pode designar-se por brasão a descrição do conjunto das armas, incluindo, além do escudo, os elementos exteriores (coronel, timbre, virol, paquifes, etc.). Por extensão, o termo brasão, passou a aplicar-se não só à descrição, mas, também ao próprio objecto descrito: o escudo ou o conjunto armorial completo.


Não se sabe, com rigor, quando é que esta prática teve início. O campo de estudo dos brasões denomina-se heráldica. Os brasões não eram fornecidos ao acaso para as pessoas. Tiveram as suas origens em actos de coragem e bravura efetuados por grandes cavaleiros. Era uma maneira de os homenagear e às suas famílias. Com o passar do tempo, como era um ícone de status, passou a ser conferido a famílias nobres no intuito de identificar o grau social delas, assim sendo, somente os heróis ou a nobreza possuíam tal ícone e o poderiam transmitir a seus descendentes.


A partir do século XIX, com a ascensão ao poder da Burguesia e o declínio da Aristocracia, o brasão foi perdendo a sua importância. No século XX o brasão renasceu, mas, desta vez, aplicado na simbologia de municípios, corporações, estados e outras entidades colectivas. De observar que, desde o século XIX, por tradição, muitas dessas entidades chamaram "brasões" aos seus emblemas distintivos. No entanto, muitos desses emblemas, são falsos ou pseudo brasões, já que, apesar da denominação formal de "brasão", não obedecem às regras da heráldica.


Atualmente os brasões - e os pseudo brasões - são muito freqüentes e fáceis de encontrar. Cada autarquia - freguesia, município ou região - tem o seu, assim como a sua bandeira, onde figura o brasão, motivo de orgulho para muitos dos habitantes de cada freguesia. Várias colectividades e Clubes Esportivos também adotaram como símbolo um brasão que os identifique.
Os brasões podem dividir-se em diferentes classes, segundo as entidades que representam. A classificação básica, divide-os em duas classes:Tipos de brasões 
Brasões simples: representam uma única entidade; 
Brasões compostos: combinam dois ou mais brasões, cada qual representando uma entidade diferente. 


Os brasões também podem ser classificados segundo a categoria da entidade que representam: 

Brasões de soberania: representam um monarca ou um estado soberano; 
Brasões de titulares: representam o titular de um cargo ou de uma honra; 
Brasões de família: representam, em sentido restrito, o chefe de uma família e, em sentido lato, o conjunto da família; 
Brasões eclesiásticos: representam um titular eclesiástico ou uma entidade colectiva religiosa; 
Brasões corporativos: representam uma entidade colectiva moral, tanto civil como militar; 
Brasões de domínio: representam uma entidade territorial não soberana. 


Além disso, os brasões ainda podem ser classificados segundo as suas características ou o seu historial: 
Brasões assumidos: assumidos pela própria entidade que representam, ao invés de terem sido concedidos por uma autoridade superior; 
Brasões acrescentados: ao desenho os quais foram acrescentadas peças honrosas ou feitas outras alterações, como forma de recompensa da entidade que representam; 
Brasões a inquirir: que infringem, propositadamente, uma ou mais regras da heráldica, como forma de significar algo que deve ser inquirido; 
Brasões falsos ou pseudobrasões: emblemas, insígnias, marcas ou distintivos de entidades, por elas usadas como brasões mas que, por não respeitarem os critérios mínimos estabelecidos pela heráldica, não podem ser considerados verdadeiros brasões de armas. 


Os brasões também podem ser classificados ainda quanto: 

Estilo de Coroa mural: aldeia, vila, cidade e cidade capital; 
Forma de seus elementos fundamentais - os escudos: francês antigo, francês moderno, somático ou samnítico, oval (feminino; mulheres casadas), losangos (feminino; mulheres solteiras; símbolo da virgindade), de torneio ou bandeira, italiano, suíço, inglês, alemão, polaco, espanhol, português e da Flandres e formas diversas; 
Tipos de suporte: apoios, sóstenes, suportes e tenentes. 


 


Elementos constituintes de um brasão de armas

Um brasão ou umas armas têm como elemento fundamental o escudo. É o escudo que contém o desenho fundamental em que consiste o brasão.


Os restantes elementos de umas armas, são, os chamados elementos exteriores, que incluem:

Grito de guerra ou grito de armas: é uma palavra ou frase curta (interjeição) de incentivo ao combate ou à acção. Normalmente, é colocado num listel, sobre o conjunto das armas; 
Timbre: representa os emblemas que os cavaleiros colocavam no topo dos seus elmos, para melhor serem identificados nos torneios. O timbre é colocado sobre o virol e, ao contrário das figuras inseridas no escudo, pode ser figurado de forma naturalista; 
Coroa ou Coronel: representa a categoria da entidade representada pelo brasão. É chamada de coroa, se corresponde a uma entidade com soberania e coronel, nos restantes casos. Conforme o país ou a representação artística do brasão, a coroa ou coronel pode figurar sobre o elmo, sobre o pavilhão ou manto, ou, directamente sobre o escudo; 
Virol: é a reprodução da fita que amarrava o timbre ao elmo. Representa-se com duas cordas entrelaçadas, uma da cor do metal principal do escudo e a outra da cor do esmalte principal; 
Elmo: é a reprodução dos elmos dos cavaleiros. Na heráldica de alguns países a cor, o formato e a posição do elmo, indica o estatuto da entidade representada; 
Paquifes: são a reprodução do tecido que alguns cavaleiros colocavam sobre os elmos, para se protegerem do calor. São, normalmente representados com duas cores, uma a do metal principal do escudo e, a outra, a do esmalte principal; 
Pavilhão: representa um pavilhão ou tenda de campanha medieval. É, normalmente, representado a envolver o escudo e outros dos seus elementos exteriores, tendo, no seu topo a coroa correspondente à entidade representada; 
Manto: representa a peça de vestuário homónima, que cobre, simbolicamente um soberano ou alto membro da nobreza. Normalmente, envolve o escudo, tendo, no seu topo, a coroa ou coronel correspondente à entidade representada; 
Suportes ou Tenentes: são figuras que suportam o escudo. São chamados tenentes se representam seres humanos e suportes, nos restantes casos. Normalmente são representados aos pares, um de cada lado do escudo. Ocasionalmente pode ser representado apenas um, atrás do escudo; 
Insígnias: representam o cargo que uma pessoa representada pelo brasão detém. É comum representá-los como dois objectos cruzados atrás do escudo; 
Troféus: são a reprodução de objectos, geralmente armas e bandeiras, para significar feitos militares. São, normalmente colocados atrás do escudo; 
Condecorações: são a reprodução das insígnias das condecorações que, a entidade representada, detém. São colocadas em colares à volta do escudo, pendentes do mesmo ou, caso sejam cruzes, atrás do escudo, apenas com as pontas aparentes; 
Divisa: é o lema da entidade representada. É colocado num listel, sob o escudo. 


De observar que o único elemento obrigatório de um brasão de armas é o seu escudo. Independentemente de terem sido atribuídos elementos exteriores a um brasão, este pode ser representado apenas pelo seu escudo, ou até, pelo desenho incluído no escudo, colocado sobre outro tipo de suporte.


Por outro lado, em certas representações artísticas de um brasão de armas, podem-lhe ser acrescentados certos elementos exteriores que não lhe tenham sido, formalmente, atribuídos. É o caso, por exemplo, dos suportes e dos tenentes, colocados em certos brasões apenas como decoração.


Já outros elementos exteriores, só podem ser colocados na representação de um brasão, no caso de terem sido, formalmente atribuídos ao titular do mesmo. É o caso, por exemplo, das coroas e dos coroneis.


Formas do escudo


Principais formatos de escudos.



O escudo, ou seja, o suporte material básico do brasão de armas, foi sendo representado, conforme a época e o local, com diversos formatos, alguns deles bastantes fantásticos e rebuscados. Os principais são os seguintes: 
Escudo clássico, ogival ou lanceolado: tem a ponta inferior em forma de lança ou ogiva. Sendo um dos mais antigos formatos de escudo, no século XX voltou a ser o tipo mais usado na Europa e nos países de influência europeia; 
Escudo francês, quadrado ou samnítico: tem um formato, aproximadamente quadrado, mas com os dois cantos inferiores arredondados e com uma pequena ponta na base. Introduzido, primeiro, em França, este formato de escudo tornou-se o tipo mais usado na Europa e nos países de influência europeia, durante o século XIX; 
Escudo oval: tem um formato oval. Com utilização generalizada durante o século XVIII, tornou-se, na heráldica portuguesa, o formato de escudo privativo do clero. Em outros países é o formato privativo dos escudos femininos; 
Lisonja: tem um formato em paralelogramo, com os quatro lados iguais. Na heráldica portuguesa e da maioria dos países europeus é o formato de escudo privativo das senhoras que não sejam titulares ou chefes de família. Na Catalunha e em outros territórios da antiga Coroa de Aragão é o formato de escudo de utilização generalizada; 
Escudo de torneio ou de bandeira: é um quadrilátero como sete partes de largura por oito de altura. Era o formato do escudo físico, utilizado pelos cavaleiros nos torneios medievais; 
Escudo italiano ou de cabeça de cavalo: tem o formato aproximado da parte frontal da cabeça de um cavalo. Utilizado, inicialmente, na Itália, durante o renascimento, este tipo de escudo baseava-se no formato das peças de armadura que protegiam a parte frontal da cabeça dos cavalos de batalha; 
Escudo suíço: de formato semelhante ao do escudo clássico, mas com a parte superior recortada; 
Escudo inglês: de formato semelhante ao do escudo francês, mas com uma "orelha" triangular em cada um dos bordos superiores. Este formato de escudo foi usado no século XVIII pelos nobres da Inglaterra, distinguindo-se dos escudos plebeus, pelas "orelhas"; 
Escudo alemão: escudo de ponta arredondada ou ogival, com um recorte redondo num dos cantos superiores. Formato de escudo usado em torneiros pelos cavaleiros renascentistas, servindo o recorte superior para apoiar a lança; 
Escudo polaco/polonês ou russo: escudo de ponta arredondada, com recortes arredondados simétricos nas laterais e, geralmente, também na parte superior; 
Escudo português, espanhol, flamengo, ibérico, peninsular ou boleado: escudo com a ponta redonda. Actualmente é o escudo de uso dominante em Portugal. Também é bastante utilizado na Espanha, Brasil, Alemanha e Países Baixos; 
[]Organização do Escudo


Ao descrever-se a organização de um escudo, deve ter-se em conta que ele é descrito pelo ponto de vista do, suposto, portador do escudo. Assim, por convenção a direita (ou dextra) do escudo é a esquerda de quem o olha de frente. Igualmente a esquerda (ou sinistra) do escudo é a direita em relação ao observador frontal.



Pontos do escudo

O escudo organiza-se em 9 zonas fundamentais, chamadas pontos: 
Cantão direito do chefe; 
Ponto do chefe ou, simplesmente, chefe; 
Cantão esquerdo do chefe; 
Ponto do flanco direito, ou, simplesmente flanco direito; 
Ponto do centro, coração ou abismo; 
Ponto do flanco esquerdo, ou, simplesmente flanco esquerdo; 
Cantão direito da ponta; 
Ponto da ponta ou, simplesmente ponta; 
Cantão esquerdo da ponta. 

Adicionalmente existem: Ponto de honra (H) e Umbigo (N).

Os pontos podem ainda agrupar-se, formando quatro partes: Chefe (por extensão) - agrupando os pontos 1, 2 e 3, Flanco direito (por extensão) - agrupando os pontos 1, 4 e 7, Flanco esquerdo (por extensão) - agrupando os pontos 3, 6 e 9 e Ponta (por extensão) - agrupando os pontos 7, 8 e 9.
[]Partições e subpartições do escudo


Partições do escudo



O escudo pode ser subdividido em partições obtidas através de quatro traços principais, correspondentes aos golpes de espada que lhe podiam ser desferidos: 
Partido: traço vertical, de cima a baixo do escudo; 
Cortado: traço horizontal, do flanco direito ao esquerdo do escudo; 
Fendido: traço diagonal, descendo do canto direito até ao esquerdo do escudo; 
Talhado: traço diagonal, descendo do canto esquerdo até ao direito do escudo. 


Repetindo a mesma ou combinando várias das partições, pode obter-se um sem número de subpartições, bem como peças de honra, obtidas a partir daquelas.

Exemplos de brasões


Chefes da família Aguilar 


Áustria-Hungria 


Príncipes da Beira 


Papa Bento XVI 


Casa de Bragança 


Duques de Brabante 


Império do Brasil 


Carabineiros de Itália 


Reino da Espanha 


Principado do Liechtenstein 


República Portuguesa 


Reino da Suécia 


Federação Russa 


Município de Petrópolis 


República Oriental do Uruguai 



República da Bolívia 


República Federativa do Brasil 


República de Chipre 


Município de Paranaguá 





Brasões de Armas da União de Nações Sul-Americanas


Brasões de Armas da União de Nações Sul-Americanas e Bandeira da UNASUL


Brasões de Armas dos Estados-membros da União Europeia


Brasões de Armas dos Estados Membros da União Europeia e Bandeira da UE


Brasões Comunistas


A Heráldica comunista, como vista nos emblemas oficiais dos Estados socialistas e emblemas dos países e regiões autônomas sob outrora direção socialista, tende a usar como tema principal em suasimbologia comunista as ferramentas e produtos da produção agrícola e industrial de base, em geral sobre fundo rubro. Os elementos gráficos mais comuns na heráldica socialista são: estrelas vermelhas ou amarelas/douradas; sóis-nascentes ou raios de sol; campos e feixes de cereais (trigo, arroz, milho, centeio, cevada); engrenagens; barragens hidrelétricas; torres de transmissão elétrica; ferramentas (foice,martelo, pá, enxada, facão, compasso, pincel); armas de fogo (em contraste com armas brancas da heráldica medieval). 

Albânia (1946-1991) 


Alemanha Oriental (1955-1990) 


Angola 


Armênia (1956-1991) 


Azerbaijão (1956-1991) 


Benin (1975-1990) 


Bielorrússia (1956-1991) 


Bósnia (1963–1992) 


Bulgária (1971-1990) 


Burquina Fasso (1971-1990) 


Carélia (1940-1956) 


Cazaquistão (1956-1991) 


China 


Congo 1970 


Coreia do Norte 


Croácia (1963–1992) 


Eslovênia (1963–1992) 


Estônia (1956-1991) 


Etiópia (1987-1991) 


Gagaúzia (1956-1991) 


Geórgia (1956-1991) 


Guiné Bissau 


Hungria (1949-1956) 


Iugoslávia (1963–1992) 


Letônia (1956-1991) 


Lituânia (1956-1991) 


Macedônia (1963–1992) 


Moçambique 


Moldávia (1956-1991) 


Mongólia (1960-1991) 


Montenegro (1963–1992) 


Quirquistão (1956-1991) 


Romênia (1965-1989) 


Rússia (1956-1991) 


Sérvia (1963–1992) 


Tadjiquistão (1956-1991) 


Transcaucásia (1956-1991) 


Transnístria 


Turcomenistão (1956-1991) 


Tuva (1921-1944) 


Ucrânia (1956-1991) 


União Soviética (1956-1991) 


Uzbequistão (1956-1991) 


Vietnã (Vietname)