História de Landim
Origem dos Landins
Origem dos Landins
Na região do “Braga”, no norte de Portugal, tem um distrito na região sudoeste, chamado “Vila Nova de Famalicão”, que foi sede administrativa, judicial e social da importante terra de Vermoin. Sua história remonta aos anos de 1205, povoado inicialmente por D. Sancho I. Com a criação do novo conselho de Vila Nova de Famalicão, o Castelo de Vermoim perde sua importância e Famalicão torna-se um lugar de grande relevo no julgado de Vermoim. Em 1841, por cedência de Da. Maria II, Famalicão é elevado a vila. Em 1850 torna-se mais importante com a abertura da estrada Porto/Braga, e apenas em 1985 Famalicão torna-se cidade. Nesta cidade de Vila Nova do Famalicão tem uma freguesia (bairro) chamada “Landim”. Nesta freguesia tem o Mosteiro de Santa Maria de Landim, cuja fundação se atribui a antes do séc. X. À volta do Mosteiro de Landim contam-se estórias de santos, milagres e aparições. Assim aconteceu com D. Pedro Garcia, falecido em 1198 e ali sepultado. Em 1548, D. Antônio da Silva circulava pelos claustros do mosteiro e, a certa hora, sentiu suave cheiro. Mandou abrir a sepultura em que saiu maior fragrância e encontrou o corpo de quatrocentos anos incorrupto, todo inteiro. “Landim” conheceu nesse dia o seu primeiro Santo.
O mais antigo Landim que se conhece chamava-se “Estevão Anes de Landim”, que era donatário das terras de Candeias e Mecansos, em Santa Maria de Oliveira, por carta de D. Fernando, em 1373. Seu filho “João de Landim”, foi vassalo de D. João I, casou-se com Da. Maria de Vasconcelos, que era filha de Men de Oliveira com Da. Joana Garcia. Este João de Landim, que deu origem a todos os outros Landins que se conhece, foi sepultado à porta da Igreja de Santiago de Estremoz.
Igreja de Santiago de Estremoz - Pt.
As armas dos Landins são as seguintes: de prata com uma faixa de vermelho, acompanhada, em chefe, de uma cabeça de leopardo do mesmo.
Timbre: a cabeça de leopardo entre duas asas estendidas de ouro.
LANDIM
Veja os descendentes de Estevão Anes de Landim em: GENEALOGIA (em breve)
Resenha Histórica
Quando se fala em Landim há um não sei quê de balsamo que nos enebria a alma. A fonte deste prazer advém dos encantos e da beleza românica que o augusto Mosteiro transmite oferece aos seus habitantes e visitantes. De facto, trata-se de um dos exemplares mais emblemáticos do estilo românico da região Entre-Douro e Minho.
Respeitado com carinho e admiração, este notável legado histórico do século XI, tem sido, desde há muito tempo o principal ponto de atracção turística da localidade. Fundado pelo conde D. Rodrigo Forjaz da Transtâmara, filho do conde D. Forjaz Vermui, um dos companheiros do conde D. Henrique, foi reedificado por D. Miguel da Silva, da casa dos Silvas de Portalegre, bispo de Viseu e cardeal de Roma. A sua igreja venera a imagem de Nossa Senhora de Landim, outrora denominada por Nossa Senhora de Basta. Mas o peso da História passa, também, pela Irmandade de Senhor das Santas Chagas, instituída pelos próprios Landinenses em 1570, com o intuito de acompanhar o Homem em toda a sua dimensão humana. Na realidade, ainda hoje, há freguesia que nutrem um amor inefável por esta confraria… As várias capelas que a freguesia possui, para além de varias alminhas em Ponte, Burgo, Boavista e S. Brás, e das inúmeras heranças românicas, remetem para um passado longínquo, mas historicamente valioso…
História:
A história da freguesia de Santa Maria de Landim confunde-se com a do seu Mosteiro, visto que ela nasce para a história graças à fundação do Mosteiro, em 1096, por D. Rodrigo de Forjaz Trastamara, filho do Conde de Trastamara, nobre francês que atraído para a Península pelas guerras de Afonso VI, rei de Leão, contra os mouros.
Fundado em finais do século XI, o convento foi entregue aos Frades Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, que viu aumentar o seu património, quando D. Gonçalo Gonçalves e D. Rodrigo Gonçalves Pereira (filhos do Conde D. Gonçalo Rodrigues) lhe doaram o rico e extenso Couto de Palmeira, com sede no lugar de Santa Eulália.
É certo que, existe uma confusão histórica na atribuição primaz quanto à fundação “Couto”, direitos e privilégios entre o de Landim e Palmeira. No entanto, a maioria dos estudiosos defende a integração deste naquele, porque o de Landim se firmou, prevalecendo e dominando o de Palmeira.
Ao longo dos séculos o mosteiro recebeu grandes privilégios por parte dos poderes religiosos e da própria monarquia, que o isentou de submissão e lhe garantiu grandes rendimentos pelo contributo de numerosos casais existentes no perímetro do Couto que chegava à jurisdição de Barcelos.
O Couto teve igualmente o título de Condado, desde o reinado de D. Afonso IV, privilégio que D. João I conservou, atribuindo-lhe ainda jurisdição civil, por carta de doação feita em Lisboa, a 19 de Setembro de 1410.
Aquando da morte do último prior do mosteiro, D. Frei António da Silva, em 1560, o convento passou para a Comenda do Cardeal Alexandre Farnegia, por concessão do Papa Pio IV.
D. Frei Filipe, procurador-geral dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, no entanto, encontrando-se nessa altura em Roma, conseguiu que o referido Cardeal desistisse da posse da Comenda. Em 1562, o Mosteiro foi unido ao de Santa Cruz de Coimbra, da mesma ordem. Em 1770, porém, o Convento foi extinto e vendido a particulares, com autorização do Papa Clemente XIV. Em 1790, o Couto (então, “instituição” em decadência) foi transformado em Concelho, que se manteve até 1836, ano da grande reorganização administrativa encetada por D. Maria II.
Apesar de a fundação do Mosteiro ter ocorrido no século XI, a sua Igreja é da segunda metade do século XII.
Em Março de 1996, a Igreja e a Casa do Mosteiro foram considerados por decreto “Imóvel de Interesse Público”.
O conjunto de três capelas de São Brás - Senhor das Santas Chagas e Senhor dos Paços, em pedra; da Senhora do Carmo, com fachada Barroca; e a de Santa Marinha, construída há mais de quatrocentos anos, completam o rico património religioso da freguesia.
Em termos arquitectónicos, Landim possui algumas belas casas senhoriais. O Solar do Souto, com um espigueiro datado do início do século, em madeira de castanho, tem o seu tecto revestido a telha francesa. Na Casa Agrícola deste Solar, podemos ainda encontrar uma pia do século XVIII. O Solar da Basta é uma casa de pedra muito antiga, com as portas bastante trabalhadas, talvez por entalhadores de Landim.
VEJA TAMBÉM:
ORIGEM DOS LANDINS: BRASÃO, BANDEIRA E SÍMBOLOS
PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DE LANDIM EM PORTUGAL
PRIMEIRO LANDIM NO BRASIL
CURIOSIDADES DOS LANDINS
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Fontes:
Mosteiro de Landim - Pt. e Vila Nova de Famalicão - Pt
Pedatura Lusitana Tomo IV.
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