Subsídios para genealogia das famílias oriundas da Estirpe de Landim, que surgiu em meados do século XVIII, em Portugal. No Brasil essa linhagem deu origem a Estirpe de Santa Teresa, com as famílias: Landim, Vasques, Santana, Cruz, Macêdo, Olegário, Sampaio, Saraiva; entre outros que ganharam destaque a partir dos Genearcas: José Paes Landim e Geralda Rabelo Duarte, do sítio Santa Teresa, município de Missão Velha - CE.
No Piaui existe uma cidade denominada Paes Landim, conheça mais sobre sua história lendo o texto abaixo:
HISTÓRIA DA CIDADE
No ano de 1894, no lugar denominado Juá, de propriedade de Antônio Lagoa, chegou um grupo de imigrantes procedentes dos Estados do Ceará e Pernambuco, com a finalidade de explorar a borracha de maniçoba, muito abundante no lugar e na época, com preço altamente compensador.
Vária,, casas foram construídas, formando-se movimentado núcleo populacional.
Como a topografia do terreno não era favorável, em 1904, resolveram seus habitantes procurar locai mais apropriado, recaindo a escolha no lugar "Costa", um terreno excelente, de propriedade de Modesto José Dias, que viera de Jaicós.
A povoação cresceu rapidamente, sendo elevada à categoria de Povoado em 1905, passando da jurisdição de Oeiras para a de São João do Piauí.
Em 1913, por iniciativa do padre Felipe, vigário da Freguesia de São João do Piauí, coadjuvado por Modesto Dias, Benjamim Moura e outros, foi construída uma capela em homenagem a São José.
Nessa ocasião o progresso era evidente. Inúmeras casas residenciais e bom número de estabelecimentos comerciais deram à localidade estrutura de Povoado.
José Francisco Paes Landim e o vereador Raimundo Moraes de Moura, representante do Povoado "Costa", na Câmara Municipal de São João do Piauí, iniciaram campanha visando à elevação do Povoado à categoria de Cidade. O movimento atingiu o objetivo em 1962, quando se criou o Município, com o nome de Paes Landim, em homenagem ao capitão Francisco Antônio Paes Landim Neto, político sanjoanense. Formação Administrativa
Elevado à categoria de município e distrito com a denominação de Paes Landim, pela lei estadual nº 2349, de 08-12-1762, desmembrado de São João do Piauí. Sede no atual distrito de Paes Landim ex-povoado. Constituído do distrito sede. Instalado em 28-12-1962.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005. Gentílico: paes-landinense
Festa Nossa Senhora das Candeiasem Landim Portugal
As origens da festa da Senhora das Candeias [hoje chamada Festa da Apresentação do Senhor] perdem-se no tempo. Era uma das festas religiosas a que os Agostinhos [Cónegos que viviam no Mosteiro] tinham especial devoção. Foi, é e continuará a ser uma enorme romaria. Claramente uma das maiores, se não mesmo a maior do concelho de Famalicão. Celebrada, como a Liturgia indica, no dia 2 de Fevereiro, começa com a benção das velas e procissão em direcção à igreja paroquial onde se celebra a Eucaristia. Isto é comum a todas as paróquias, pois é assim que a Liturgia indica. O específico é o mar de gente que com a Eucaristia, as tendas de comerciantes e os agricultores com o seu melhor gado se vai juntando logo pela manhã. Outrora, para desenvolver o comercio interno, à base dos frutos da terra até quase aos nossos dias, os Cónegos criaram feiras neste seu Couto de Landim, inclusivé está a da Senhora das Candeias. A parte da organização dos comerciantes no terreno tem a ver com a Junta de Freguesia, mas a organização da feira e do grande concurso pecuário, que atrai muitíssimas pessoas, mesmo vindas de longe e de fora do concelho, é da responsabilidade da Confraria do Senhor das Santas Chagas.
1Este trabalho tem por base: - O artigo do antigo pároco [1977-1999] de Santa Maria de Landim, PE DR AUGUSTO CARNEIRO DE SÁ, “O Mosteiro de Santa Maria de Landim”, Boletim Cultural da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Junho de 1981, 91-15. - A página na internete da Direcção Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN). - O artigo do semanário local “Notícias de Famalicão” de 03 de Fevereiro de 1995, pp 5-10.
Neste vídeo você vai acompanhar o Hino de Landim, feito para a candidatura de Carlos Ferreira a junta da Freguesia de Landim: ¨...Todos juntos podemos lutar, Em Landim temos que acreditar, Landim na frente, com toda a gente, Vamos ver Landim a crescer. - - - - No melhor para Landim, temos que votar, No melhor para Landim, juntos pra ganhar, Juntos podemos vencer...¨
Muito bom! confiram;
Quando assisto esses videos me sinto parte daquela gente e daquela terra. E você? Poderíamos usar este Hino para ser o Hino dos Landins do Brasil. O que vocês acham? Comentem!
Novidades! Muitas novidades! Mais um vídeo para todos os Landins, neste video você vai acompanhar uma reportagem sobre uma feira diretamente da freguesia de Landim, veja só como lá em Portugal os landins tem os mesmos costumes e tradições que nós aqui no Brasil, muitas delas herdadas por nós, lá tem até a festa de Nossa Senhora das Candeias e Carnaval.
Se você leu a história sobre a Paroquia de Santa Maria de Landim no guia HISTÓRIAS E ORIGENS, assista o vídeo abaixo e veja imsgens do mosteiro de LANDIM em Portugal, que tem sua origem no século XI:
Para alegria de todos que fazem parte da familia LANDIM, mais uma descoberta: em Portugal na freguesia de Landim (lugar onde surgiu os Landins) existe um clube de futebol, chamado FUTEBOL CLUBE LANDIM, muito legal, não é? Gostou? Então dá uma olhadinha no video abaixo, quem sabe você também não se interessa em ser mais um torcedor do clube?
Os Principais genearcas dos Terésios são:
1. Capítão Domingos Paes Landim (Fundador do Engenho Santa Teresa)
2. Capitão Manuel Antonio de Jesus Junior (Genro de 1)
3. Francisco da Silva Belem (Genro de 1)
4. Alferes Joaquim Antonio de Macêdo (Genro de 1)
5. Manuel de Freitas Fragoso (Genro de 1)
6. Joaquim José de Albuquerque Pita (Genro de 1)
7. Simão Rodrigues das Neves (Filho de 1)
8. Alferes Cosme Ferreira Brito (Genro de 1)
9. Tomás Varela de Lima (Genro de 1)
10. Alferes Gonçalo da Cruz Neves (Filho de 1)
11. José da Cruz Neves (Filho de 1)
12. Luís da Rocha (Genro de 1)
13. Alferes ANTONIO Paes Landim (Filho de 1)
Outros nomes importantes
Sargento-Mor Manoel da Cruz Neves (Sogro de 1)
Capitão José Paes Landim (Pai de 1)
Lourenço Saraiva da Silva (Sogro de Manuel Inacio da Cruz 'filho de 11', cujos filhos(as) 'Saraivas' se misturaram aos Terésios)
Alferes Simão Rodrigues de Sousa (Avô de 1)
Há que se compreender que nem sempre seu sobrenome atual vem necessariamente de uma pessoa com o mesmo sobrenome, meu Cruz veio do José da Cruz Neves, que teve filhos com o sobrenomes variados como Cruz, Landim, Jesus e Neves... Isso se explica na minha opinião, muito pelos casamentos intra-familiares ocorridos em nossa familia por cerca de 300 anos..
De Quinco Vasques e Marica advieram vinte e um filhos. Sete faleceram em tenra idade. Os outros são:
1º - José Joaquim Landim. Casado duas vezes na família, primeiro com Antônia Ana de Macedo, depois com Alzenir Macedo Landim.
2º - Maria da Conceição de Jesus Landim. Casada com o primo legitimo Antônio Joaquim Landim.
3º - Raimundo Joaquim Landim (Mundoca). Casado com a paraibana Maria Vitoria de Andrade (Sinhá).
4º - Antônio Joaquim Landim. Casado com a parenta Maria Belarmino de Oliveira Landim (Dona Santa),
5º - Joana Maria de Jesus (Joaninha). Casada, na família, com Antônio Nilo de Macedo.
6º - João Joaquim Landim. Casado com a prima legitima Maria Fernandes de Lima.
7º - Vicente Joaquim Landim. Casado com a paraibana Anália Pereira de Andrade.
8º - Sebastião Joaquim Landim (Sebasto). Gêmeo de uma falecida com pouca idade. Casado com a prima legitima Lina Fernandes de Lima.
9º - Atonia Maria de Jesus Vasques (Toinha). Casada com o primo legitimo José Fernandes de Lima.
10º - Róseo Joaquim Landim. Casado com a paraibana Antônia Moreira.
11º - Joaquim Vasques Filho (Quinco). Casado na família, com Videlina Saraiva Landim.
12º - Augusto Vasques Landim. Casado com a sobrinha Maria Auxiliadora de Santana (Mariquinha), filha de seu irmão José Joaquim Landim.
13º - Juvêncio Vasques Landim. Casado duas vezes, primeiro com Eulália Ribeiro, depois com Maroli Basílio.
14º - Amélia Vasques Landim. Casada com o sobrinho Onofre Antônio Landim, filho de sua irmã Maria da Conceição de Jesus Landim.
Todos os filhos do casal tiveram prole, proporcionando-lhe, atualmente, 101 netos, 189 bisnetos e 54 trineto, sem se computarem os falecidos em criança.
Texto extraído da obra: Macedo Joaryvar, Temas Histórico Regionais, Capitulo 1- Um Bravo Caririense, Secretaria de Cultura e Desporto, Fortaleza – Ceará, 1986, p. 19-20.
Joaquim Vasques Landim (Quinco Vasques), nasceu no dia 5 de janeiro de 1874, no sítio Santa Teresa, município de Missão Velha, filho de João Vasques Landim e Antônia Paes Landim. Casou-se com Maria da Luz de Jesus (Marica) aos 9 de novembro de 1893, na igreja Matriz da cidade de Missão Velha. Após o casamento Quinco Vasques deixou o sítio Santa Teresa e foi morar no sítio Tipi, em Aurora , onde foi vaqueiro de seu parente José Antônio de Macedo (Cazuzinha Macedo), depois morou no sítio Boca das Cobras em Juazeiro do Norte, Bico da Arara, na serra de São Pedro (Caririaçu) e passagem de pedras. Fixando moradia em 1916 no sítio Carnaúba, do município de Missão Velha.Um dos fatos mais importantes de sua vida que contribuiu para sua celebridade e fama de homem forte e valente, foi o ataque ocorrido a Lavras da Mangabeira no dia 7 de abril de 1910, em que chefiando 150 homens atacou, à mão armada, o chefe político daquela cidade, Cel. Gustavo Augusto Lima filho de Fideralina Augusto de Lima.
Maria da Luz de Jesus (Marica) filha de Clemência Teresa de São Miguel e de Antônio Fernandes de Lima. Esposa fiel e dedicada que ao lado do seu marido criou seus 14 filhos, todos os filhos do casal tiveram prole, proporcionando-lhes até a data de publicação do livro que serviu de fonte para essas informações (1974)*, 101 netos, 189 bisnetos e 54 trinetos.
Na vida desses grandes personagens aconterceram fatos marcantes, um dos quais merece destaque foi o que ocorreu na época em que Quinco Vasques foi pedir a mão de Marica, segundo narração de Joaryvar Macêdo em seu livro, Um Bravo Caririense.
¨Naqueles recuados tempos, como se sabe, poucos ou nenhuns eram os contatos dos namorados ou noivos, os casamentos via de regra, tramados pelos pais. Quinco Vasques pedira a mão de Marica, irmã de Maria das Dores, supondo fazê-lo com relação a esta. À hora dos esposais, percebendo o equivoco, procurou-se corrigir de imediato, não ocorrendo, no entanto, graças a interferencia da autoritaria D. Marica Macêdo do Tipi. Destarte, o nubente saiu ganhando: casou-se com a mais nova, mesmo assim, um pouco mais velha do que ele¨ (MACEDO, 1986 p.22-23).
No dia 9 de novembro de 1943 foi comemorado com uma grande festa em sua residência no sítio Carnaúba, as bodas de ouro do casal.
Quinco Vasques faleceu em sua residência no dia 6 de fevereiro de 1951 aos 77 anos de idade, sua esposa faleceu em Juazeiro do Norte em 1959, com 86 anos de idade.
No dia 5 de janeiro de 1974 foi comemorado o centenário de nascimento desse Bravo sertanejo, com a realização de uma grande festa no casarão onde morou Quinco Vasques. Na ocasião o celebre Joaryvar Macêdo se fez presente e proferiu uma palestra belíssima palestra sobre o aniversariante. Para homenagea-lo, o grande professor e escritor, Joaryvar Macêdo iniciou a produção de uma preciosa obra que conta a história de sua vida, o livro ¨UM BRAVO CARIRIENSE¨ foi publicado em 1974 do qual extraí as informações e imagens que aqui foram apresentadas.
Fonte Bibliográfica:
*Joryvar Macedo, UM BRAVO CARIRIENSE, Crato - Ceará, 1974.
Os sobrenomes Vaz e Vasques são de origem patronímica e estão relacionados aos nomes Vasco e Velasco, ou seja, os filhos de homens com esses nomes geralmente carregavam a alcunha Vaz ou Vasques. O nome Vasco é de origem francesa e espanhola e dava indicação da origem no País Basco, uma região no extremo norte da Espanha e sudoeste da França, durante o Império Romano o povo que habitava a região passou a ser chamado de uasconum, após a queda do império os visigodos e os francos dominaram o lugar, posteriormente foi implantado o Ducado da Vascônia na França, mais a frente grande parte da região ficou sobre domínio dos reinos hispânicos como Pamplona e Navarra. Ao lado os brasões das famílias Vaz e Vasques portuguesas.
Classificação: Monumento de Interesse Público. Designação: Mosteiro de Landim, incluindo a igreja, convento e todo o terreno abrangido pela cerca.Localização: Braga, Vila Nova de Famalicão, Landim.Acesso: Dada a paupérrima indicação, ter em atenção o seguinte: No nó de Famalicão da auto-estrada do Norte, a A3, sair para a Estrada Nacional 204 (Famalicão-Santo Tirso, no sentido de Santo Tirso); Percorridos sensivelmente 2 km, à esquerda, seguir na Estrada Nacional 204.5. A aproximadamente 2 km, temos o centro de Landim, à direita, a Alameda do Mosteiro. Protecção: IIP, Dec. nº 2/96, DR 56, de 06 Março 1996 Enquadramento: Rural, isolado. A Capela de São Brás no lado oposto remata a Alameda já com construções recentes, entre elas a Casa Paroquial e o edifício da Junta de Freguesia. A entrada principal no Mosteiro faz-se através de um portão inserido num muro. Um jardim antecede a entrada no edifício. Descrição: Planta composta por igreja longitudinal, de nave única e capela-mor rectangulares, torre sineira quadrada e anexos adossados à fachada lateral Norte e dependências conventuais a Sul. Volumes articulados com coberturas diferenciadas em telhados de 2 águas na igreja e de 4 no convento. Fachada principal da igreja, orientada a Oeste, precedida por galilé aberta por 3 arcos. Nesta fachada inserem-se três nichos com a figura de Nossa Senhora dos Anjos, Padroeira do Mosteiro, ladeada por Santo Agostinho e São Teotónio. A cornija da nave e capela-mor assenta sobre arcatura. Interiormente, a igreja é assimétrica e possui coro-alto e órgão no lado esquerdo. Dependências conventuais com claustro de planta quadrada e de 2 pisos, sendo o primeiro aberto, com colunas sobre murete, e o segundo fechado, com janelas de sacada. O aparelho integra aqui, no entanto, alguns colunelos, reveladores de antigos vãos ou até mesmo de uma colunata sobre muro mais alto. A cobertura das alas é feita em madeira, formando caixotões. Utilização Inicial: Cultural/Vida Religiosa. Utilização Actual: A igreja conserva a utilização cultual, embora hoje seja a igreja matriz da paróquia Santa Maria de Landim. O convento é residência eventual da família proprietária, sendo o rés do chão utilizado para eventos celebrativos, comemorativos e recreativos. Propriedade Privada: A igreja pertence à Igreja Católica. O convento, a mata e a quinta, pertencem à família Sampaio Nóvoa. Época Construção: Séc. 10/12/13/17/18. Arquitecto/Construtor/Autor: António Rodrigues (mestre pedreiro do claustro). Cronologia: Séc. 10/11 - Fundação do Mosteiro de Landim; séc. 12 - Usava a regra de Santo Agostinho; 1340/1385 - O couto e senhorio de Palmeira é mencionado com o nome de condado antigo, respectivamente por D. Afonso IV e D. João I; 1555 - Sagrado após grandes reformas; 1742, 5 Janeiro - Contrato entre o prior do convento, D. Joaquim da Glória, e o mestre pedreiro Domingos Jorge da Maia, para a obra de pedraria do claustro novo, o qual acabou, no entanto, por não se efectivar; 1742, 10 Abril - Assinatura de novo contrato para a mesma obra, mas agora com o mestre-pedreiro António Rodrigues; 1770 – Extinto, por pedido de D. José a Clemente XIV. 1775 - Vendido conforme escritura de venda de Mosteiro, passada no tabelião António da Silva Freire, em Lisboa. Tipologia: Arquitectura religiosa, renascentista. Características Particulares: Interior assimétrico. Dados Técnicos: Paredes autoportantes de granito. Materiais: Cobertura em telha de "canudo" de barro. Paredes em alvenaria de granito. Caixilharias de madeira. Pavimentos em soalho: Mosteiro e coro da Igreja. Lajeado de granito: Igreja (só recentemente é que perdeu o seu soalho e adquiriu o lajeado de granito), claustro e algumas áreas do r/c do Mosteiro). Tectos em madeira: Corpo da igreja e convento). PRIMEIROS DOCUMENTOS SOBRE LANDIMNo manuscrito 731: Documentos para História Portuguesa, na Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, do ano de 936, fala-se duma venda ‘in villa Nandini inter Ave et Pel territorio Portucalense’. No Censual de Entre Lima e Ave, do século XI, do qual há cópia do século XII e que foi transcrito no Tombo do Cabido em 1387, Landim aparece com a freguesia 115 e entre as freguesias que compunham a terra de Vermui [Vermoim]. Nos Documentos Régios, I, Ref. 16, em Documentos Medievais Portugueses, de que as livrarias já pedem oito mil escudos, aparece a carta de couto de D. Teresa de 1112-1128 para o Mosteiro de Santa Maria de Landim, decerto em atenção a Gonçalo Rodrigues, seu mordomo-mor. QUANDO SE FUNDOU O MOSTEIRO DE LANDIMSegundo Alexandre Herculano, na sua obra Portugaliae Monumenta Historica, Diplomata, 162, o mosteiro canonical foi fundado antes de 911. Em Livro de Linhagens, 4, encontramos que D. Gonçalves, filho de Gonçalo Roiz de Palmeira, chamado Senhor do Couto de Palmeira, e de D. Frolhe, filha de D. Afonso de Ceclanora, fundou no seu Couto de Nandim um convento para Cónegos Regulares de Santo Agostinho. O Padre Carvalho Costa, na sua Chorografia Portuguesa, diz que o segundo Prior do Convento faleceu no primeiro de Março de 1198. Tendo ainda em conta a cronologia da era de César e de Cristo, cuja substituição da era de César pela de Cristo se deu em 1422, encontramos sérias dificuldades em harmonizar datas e dados da fundação deste Mosteiro que pertencia à família de Palmeira, descendentes de Rodrigo Forjaz, o qual, segundo o Nobiliário, procedia dos condes de Trastâmara. Reza a tradição que quando acudiu a ideia ao Conde D. Henrique de fundar um reino em ‘Portus Cale’, também um dos seus companheiros de armas foi dominado pela ideia de fundar em ‘Nandim’ – seu primitivo nome – um convento. As campanhas em que Afonso VI, rei de Castela e Leão, se empenhava contra os Mouros, atraíram à Península Cavaleiros Cristãos de outros reinos, que vieram alistar-se na guerra santa contra os inimigos da Cruz. Entre esses nobres Cavaleiros distinguiram-se os fidalgos franceses D. Raimundo e D. Henrique de Borgonha, e D. Forjaz Bermin, conde de Trastâmara. Deste conde houve um filho que se chamava D. Rodrigo Forjaz. Este seria irmão de Gonçalo Rodrigues, já que, segundo os nobiliarquistas, «Forjaz», é um patronímico de Froia ou Froilo, atendendo á forma «Frojaz», com que às vezes aparece. Todavia, como não se apresenta como apelido de grande importância, ou porque nada haja de verdadeiro nas lendas que envolvem a sua origem, parece-nos admissível a hipótese de Rodrigo Forjaz ser o mesmo que D. Rodrigo Gonçalves Pereira, já que a família «Forjaz» não têm armas próprias e usa as dos Pereiras. Mais tarde conhecemos a dinastia de Trastâmara que reinou em Castela (1369-1504) e em Aragão (1412-1516), a partir de Henrique de Trastâmara, filho natural de Afonso XI de Castela e de sua favorita D. Leonor de Gosmão, e que teve papel relevante no Cisma do Ocidente e na Gerra dos Cem Anos. Esta dinastia teve o período áureo com D. Fernando II, casado com Isabel de Castela - os chamados Reis Católicos que unificaram a Península, do ponto de vista religioso e político, ficando de fora da união Portugal, é evidente. Para nos situarmos historicamente porei aqui algumas datas: em 1065, Afonso VI sobe ao trono de Leão; 1072, Afonso VI retoma a coroa de Leão e assume a de Castela; em 1090-92, D. Afonso VI entrega ao Conde D. Raimundo o governo do território da Galiza; em 1094, D. Afonso VI casa sua filha D. Teresa com Conde D. Henrique, em 1095, D. Henrique de Borgonha assume o governo das terras do sul do Minho; em 1095-96, temos constituição do Condado Portucalense; 1130, a morte de D. Teresa, Já que D. Henrique havia falecido em 1-5-1112. Não nos admira que D. Teresa, filha de Afonso VI de Castela, mulher do Conde D. Henrique, e casada segunda vez com o Conde de Trastâmara, D. Fernando Peres, pois no ano 1124 se nomeia por sua mulher que, segundo outros, tal casamento nunca se realizou, tenha beneficiado esta terra dando-lhe a dita carta de Couto, aliás D. Teresa beneficiou a Igreja com largas doações. D. Gonçalo Rodrigues e D. Rodrigo Gonçalves Pereira, filho do Conde D. Gonçalo Rodrigues doaram aos Cónegos Regrantes de Landim o extenso e rico Couto de Palmeira, enquanto outros referem haver-lho dado el-rei D. Sancho II no ano de 1215. Palmeira foi coutada por D. Afonso I (D. Afonso Henriques). Pela união destes dois Coutos, podemos calcular o território deste Mosteiro de Landim. Mas há mais: as freguesias que pertenciam ao Couto de Landim. Entre elas contam-se estas com certeza: Bente, Sequeirô, Lama, Areias, Santa Marinha, Seide (S. Miguel), Almofães, Sanfins. É interessante a designação destas freguesias, algumas desaparecidas hoje, nos documentos antigos. OUTROS DOCUMENTOS ANTIGOSEm 1213, segundo refere a Vimaris Monumenta Historica, nº171, deu-se uma composição entre o arcebispo de Braga e «Martini Prioris et Regularis Cononici de Nadim».Nas Inquisitiones, Inquisições gerais de D. Afonso II, 1258, aparece a expressão «De monasterio Sancte Marie Nandim».No Catálogo das Igrejas de 1320: «Monasterium de Nandim ad mil quatuorcentas triginta e XV libras», (1445 libras). Veja-se Torre do Tombo, livro 97 de Santa Cruz, há tradução do ano de 1746 na Biblioteca Nacional de Lisboa, Col. Pomb., ms. 174. Fortunato de Almeida publicou esta tradução, depois de a actualizar ( Hist. Da Igreja, pg. 606-705).No livro 1º de Mostras, de 1400 (1º Most., fls. 35v.) vem uma provisão do arcebispo Martinho Pires reconhecendo ao Cabido o direito às lutuosas das igrejas pertencentes a este arcebispado. Isto seria motivo de discórdia entre o Cabido da Sé de Braga e as “eigrejas e mosteiros”. 1Este trabalho tem por base:- O artigo do antigo pároco [1977-1999] de Santa Maria de Landim, PE DR AUGUSTO CARNEIRO DE SÁ, “O Mosteiro de Santa Maria de Landim”, Boletim Cultural da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Junho de 1981, 91-15. - A página na internete da Direcção Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN). - O artigo do semanário local “Notícias de Famalicão” de 03 de Fevereiro de 1995, pp 5-10. - MARIA DE FATIMA CASTRO, "O Mosteiro de Landim. Contributos para o estudo da propriedade eclesiastica", Prado, 1995
Na região do “Braga”, no norte de Portugal, tem um distrito na região sudoeste, chamado “Vila Nova de Famalicão”, que foi sede administrativa, judicial e social da importante terra de Vermoin. Sua história remonta aos anos de 1205, povoado inicialmente por D. Sancho I. Com a criação do novo conselho de Vila Nova de Famalicão, o Castelo de Vermoim perde sua importância e Famalicão torna-se um lugar de grande relevo no julgado de Vermoim. Em 1841, por cedência de Da. Maria II, Famalicão é elevado a vila. Em 1850 torna-se mais importante com a abertura da estrada Porto/Braga, e apenas em 1985 Famalicão torna-se cidade. Nesta cidade de Vila Nova do Famalicão tem uma freguesia (bairro) chamada “Landim”. Nesta freguesia tem o Mosteiro de Santa Maria de Landim, cuja fundação se atribui a antes do séc. X. À volta do Mosteiro de Landim contam-se estórias de santos, milagres e aparições. Assim aconteceu com D. Pedro Garcia, falecido em 1198 e ali sepultado. Em 1548, D. Antônio da Silva circulava pelos claustros do mosteiro e, a certa hora, sentiu suave cheiro. Mandou abrir a sepultura em que saiu maior fragrância e encontrou o corpo de quatrocentos anos incorrupto, todo inteiro. “Landim” conheceu nesse dia o seu primeiro Santo. O mais antigo Landim que se conhece chamava-se “Estevão Anes de Landim”, que era donatário das terras de Candeias e Mecansos, em Santa Maria de Oliveira, por carta de D. Fernando, em 1373. Seu filho “João de Landim”, foi vassalo de D. João I, casou-se com Da. Maria de Vasconcelos, que era filha de Men de Oliveira com Da. Joana Garcia. Este João de Landim, que deu origem a todos os outros Landins que se conhece, foi sepultado à porta da Igreja de Santiago de Estremoz.
Igreja de Santiago de Estremoz - Pt.
As armas dos Landins são as seguintes: de prata com uma faixa de vermelho, acompanhada, em chefe, de uma cabeça de leopardo do mesmo. Timbre: a cabeça de leopardo entre duas asas estendidas de ouro.
LANDIM
Veja os descendentes de Estevão Anes de Landim em: GENEALOGIA (em breve)
Resenha Histórica
Quando se fala em Landim há um não sei quê de balsamo que nos enebria a alma. A fonte deste prazer advém dos encantos e da beleza românica que o augusto Mosteiro transmite oferece aos seus habitantes e visitantes. De facto, trata-se de um dos exemplares mais emblemáticos do estilo românico da região Entre-Douro e Minho. Respeitado com carinho e admiração, este notável legado histórico do século XI, tem sido, desde há muito tempo o principal ponto de atracção turística da localidade. Fundado pelo conde D. Rodrigo Forjaz da Transtâmara, filho do conde D. Forjaz Vermui, um dos companheiros do conde D. Henrique, foi reedificado por D. Miguel da Silva, da casa dos Silvas de Portalegre, bispo de Viseu e cardeal de Roma. A sua igreja venera a imagem de Nossa Senhora de Landim, outrora denominada por Nossa Senhora de Basta. Mas o peso da História passa, também, pela Irmandade de Senhor das Santas Chagas, instituída pelos próprios Landinenses em 1570, com o intuito de acompanhar o Homem em toda a sua dimensão humana. Na realidade, ainda hoje, há freguesia que nutrem um amor inefável por esta confraria… As várias capelas que a freguesia possui, para além de varias alminhas em Ponte, Burgo, Boavista e S. Brás, e das inúmeras heranças românicas, remetem para um passado longínquo, mas historicamente valioso…
História:
A história da freguesia de Santa Maria de Landim confunde-se com a do seu Mosteiro, visto que ela nasce para a história graças à fundação do Mosteiro, em 1096, por D. Rodrigo de Forjaz Trastamara, filho do Conde de Trastamara, nobre francês que atraído para a Península pelas guerras de Afonso VI, rei de Leão, contra os mouros. Fundado em finais do século XI, o convento foi entregue aos Frades Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, que viu aumentar o seu património, quando D. Gonçalo Gonçalves e D. Rodrigo Gonçalves Pereira (filhos do Conde D. Gonçalo Rodrigues) lhe doaram o rico e extenso Couto de Palmeira, com sede no lugar de Santa Eulália. É certo que, existe uma confusão histórica na atribuição primaz quanto à fundação “Couto”, direitos e privilégios entre o de Landim e Palmeira. No entanto, a maioria dos estudiosos defende a integração deste naquele, porque o de Landim se firmou, prevalecendo e dominando o de Palmeira. Ao longo dos séculos o mosteiro recebeu grandes privilégios por parte dos poderes religiosos e da própria monarquia, que o isentou de submissão e lhe garantiu grandes rendimentos pelo contributo de numerosos casais existentes no perímetro do Couto que chegava à jurisdição de Barcelos. O Couto teve igualmente o título de Condado, desde o reinado de D. Afonso IV, privilégio que D. João I conservou, atribuindo-lhe ainda jurisdição civil, por carta de doação feita em Lisboa, a 19 de Setembro de 1410. Aquando da morte do último prior do mosteiro, D. Frei António da Silva, em 1560, o convento passou para a Comenda do Cardeal Alexandre Farnegia, por concessão do Papa Pio IV. D. Frei Filipe, procurador-geral dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, no entanto, encontrando-se nessa altura em Roma, conseguiu que o referido Cardeal desistisse da posse da Comenda. Em 1562, o Mosteiro foi unido ao de Santa Cruz de Coimbra, da mesma ordem. Em 1770, porém, o Convento foi extinto e vendido a particulares, com autorização do Papa Clemente XIV. Em 1790, o Couto (então, “instituição” em decadência) foi transformado em Concelho, que se manteve até 1836, ano da grande reorganização administrativa encetada por D. Maria II. Apesar de a fundação do Mosteiro ter ocorrido no século XI, a sua Igreja é da segunda metade do século XII. Em Março de 1996, a Igreja e a Casa do Mosteiro foram considerados por decreto “Imóvel de Interesse Público”. O conjunto de três capelas de São Brás - Senhor das Santas Chagas e Senhor dos Paços, em pedra; da Senhora do Carmo, com fachada Barroca; e a de Santa Marinha, construída há mais de quatrocentos anos, completam o rico património religioso da freguesia. Em termos arquitectónicos, Landim possui algumas belas casas senhoriais. O Solar do Souto, com um espigueiro datado do início do século, em madeira de castanho, tem o seu tecto revestido a telha francesa. Na Casa Agrícola deste Solar, podemos ainda encontrar uma pia do século XVIII. O Solar da Basta é uma casa de pedra muito antiga, com as portas bastante trabalhadas, talvez por entalhadores de Landim.
Como as origens de nossa familia estão em Portugal, postarei aqui alguns links de sites portugueses para que possamos ficar por dentro de tudo sobre nossas raizes.
Designação: Mosteiro de Landim1, incluindo a igreja, convento e todo o terreno abrangido pela cerca.
Localização: Braga, Vila Nova de Famalicão, Landim.
Acesso: Dada a paupérrima indicação, ter em atenção o seguinte: No nó de Famalicão da autoestrada do Norte, a A3, sair para a Estrada Nacional 204 (Famalicão-Santo Tirso, no sentido de Santo Tirso); Percorridos sensivelmente 2 km, à esquerda, seguir na Estrada Nacional 204.5. A aproximadamente 2 km, temos o centro de Landim, à direita, a Alameda do Mosteiro.
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